sábado, 2 de julho de 2011

guepardo




Guepardo
Guepardo
Esse animal corre muito: pode alcançar a velocidade de 110 quilômetros por hora. Mas um bom cavalo pode superá-lo. Sua especialidade é o ataque de surpresa. Como se surgisse do nada, ele cai sobre um rebanho que pasta e mesmo animais ágeis como a gazela, o antílope, a zebra, o avestruz e o gnu não podem escapar.
Geralmente prefere caça pequena. É um animal solitário, embora às vezes cace aos pares.
Sua velocidade é uma proteção. Talvez, por isso, não tenha medo do homem, sendo facilmente domesticado. Os sultões da índia tinham centenas deles e usavam como cães de caça. Há muito desapareceram da Ásia e hoje são raros na África.
Com um treinamento hábil, o guepardo pode tornar-se uma companhia afetuosa. Tem a agilidade dos grandes felinos. Seu parentesco com eles mostra-se na pequena cabeça redonda, pelagem e grande cauda malhada. contudo, pelas longas pernas, garras não-retráteis de latido, assemelha-se a um cão. A fêmea produz de dois a cinco filhotes, duas vezes ao ano. Não se reproduz bem em cativeiro.
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnívora
Família: Felidae

CARACTERÍSTICAS

Comprimento: 1 metro e meio, mais 60 cm para a cauda
Altura: 60 cm
Peso: 55 quilos
Os guepardos são bichos admiráveis. Nenhum mamífero é mais veloz do que eles. Podem alcançar a incrível velocidade de 110 quilômetros por hora em apenas três segundos. É o equivalente a aceleração de um carro da Fórmula 1.
Tamanha explosão muscular custa caro. Como um corredor de curta distância, o guepardo é rápido, mas tem pouca resistência. Ele gasta tanta energia correndo atrás da presa que fica extenuado. Depois de 30 segundos de perseguição, não tem força nem pra comer na hora. Aí, chega outro bicho e pronto: metade da refeição é sempre roubada.
E assim vai vivendo uma rotina sem excessos. Só mesmo o excesso de velocidade. O guepardo come o suficiente para continuar leve, ágil, para vencer distâncias. E, quem sabe, para vencer um desafio com a ciência.
Filhotes estão sendo treinados para uma experiência audaciosa. Eles ficarão tão dóceis que, um dia, poderão conviver até com pessoas cegas ou com aquelas que têm outro tipo de deficiência. Será uma troca enriquecedora de afeto e sensibilidade entre o homem e a fera.
Antigamente, o guepardo era usado como cão de caça na Ásia e na Europa. Cão ou gato? Nem a ciência sabe dizer. Ele pode ser domesticado, como os cães. Têm a agilidade dos felinos e possui um olfato curioso.
O animal não é capaz de sentir o cheiro de comida. Pode passar ao lado de um pedaço de carne e não perceber. Mas se houver uma fêmea no cio... Sábio instinto de reprodução!
Uma área é reservada a um momento muito especial, já que as fêmeas de guepardo vivem sozinhas e só aceitam companhia na hora de cruzar. É conhecida como Lover's Lane, o corredor do amor. A privacidade respeitada garante o milagre da multiplicação.
Os filhotes são mandados para zoológicos e reservas naturais da África do Sul e de outros países. Um deles veio ao mundo para derrubar uma teoria. O guepardo-rei era considerado uma espécie diferente, quase extinta. Pouco se sabia do bicho, até que este nasceu em cativeiro. Para a surpresa dos pesquisadores, trata-se da mesma espécie.
O irmão do rei não saiu com a cara dele. O filhote com sangue real é fruto de uma rara combinação genética. Daqui a alguns meses, os dois irmãos serão levados para o corredor dos solteiros. Lá, vão conhecer fêmeas de outros grupos - as mamães da futura geração. A fertilidade é grande na terra dos guepardos.
Depois de criar os filhotes, a fêmea de guepardo se afasta. Prefere se isolar na paz e no perigo da selva.

GUEPARDO AMEAÇADO DE EXTINÇÃO

Sarah observou que a concorrência com as hienas e leões deixou em desvantagem o guepardo. Quando ele finalmente consegue agarrar uma gazela, surgem os candidatos à boca livre na savana. Os urubus alertam, e as hienas chegam no minuto seguinte a uma caçada de sucesso. Com suas mandíbulas poderosas, são adversárias perigosas demais.
Com a barriga sempre vazia, o felino se retira. O caçador vira fugitivo e abre mão de seu almoço. As hienas também não têm muito tempo para aproveitar a festa. Um pretendente mais poderoso do que elas entra na disputa. A luta seria desigual. As hienas se retiram e, como o guepardo, apenas observam. O leão só precisa se servir.
Leoas e leõezinhos seguem o rei da savana – altivo, mas nada generoso. Depois dele, se sobrar... Incomodado com tantos expectadores, chega a vez de o grande leão bater em retirada, levando a carcaça para degustar longe dos olhares gulosos.
É sombrio o futuro do guepardo, morrendo de fome diante de tanta caça. A bióloga Sarah acredita que a única solução seria ampliar seus territórios, criando corredores para que eles passem de uma reserva para outra. Enquanto espera, o suntuoso animal se contenta em mastigar insetos.
Mas o guepardo é tenaz. E volta ao seu ofício cem vezes, se necessário. A paciência faz parte do seu arsenal de caça.
Amanhece nas planícies do Serenguetti. Olhos curiosos observam a diversidade da vida na savana. A bióloga Sarah Durant passa horas atenta ao menor movimento. Ela é testemunha de um drama que a visível abundância de caça parece desmentir. Na região, o elegante guepardo, o mais rápido dos predadores, literalmente morre de fome.
O esplêndido mamífero de olhos amarelos já foi, no passado, a companhia preferida dos faraós, príncipes e reis. Em relação ao homem, é o menos agressivo dos grandes felinos, mesmo dentro de seu território.
Sarah nem se assusta quando um deles salta sobre seu posto de observação. A bióloga constatou que as reservas africanas já não são suficientes para assegurar a sobrevivência do guepardo.
No começo do século passado, eles eram cem mil em todo o mundo. Restam apenas alguns milhares - 300 no Parque do Serenguetti. O guepardo precisa de uma área de caça de 700 quilômetros quadrados. Na região, esse trecho é dividido por dez.
Pernas longilíneas, garras que não se retraem, 45 quilos de músculos sem um grama de gordura. A máquina de caça parece perfeita, mas no entanto... Bom corredor, mas pobre estrategista, o guepardo passa as maiores dificuldades para comer. Sua arrancada de quase 120 quilômetros nem sempre dá resultado.
As pequenas gazelas thompson – as presas preferidas – identificam o inimigo a centenas de metros. No momento em que ele lança todos os seus recursos na louca correria, elas disparam em muitas direções.





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